A primeira colônia de férias para jovens da CIP foi realizada na Fazenda Embaré, em São Carlos, em 1940. No ano seguinte, a diretoria da Congregação começou a analisar a possibilidade de adquirir um terreno próprio para a construção de um local para as colônias – que foi efetuada dez anos mais tarde na cidade de Campos do Jordão.
Para muitos pais, as viagens com os grupos da CIP durante as férias escolares eram a grande oportunidade de proporcionar a seus filhos uma vivência ao lado de outras crianças judias e um ambiente onde os valores judaicos eram respeitados.
Em janeiro de 1953, quinze jovens foram enviados para um sítio onde tiveram duas semanas de jogos, esportes e passeios, além de leituras, estudos, workshops e uma intensa rotina religiosa judaica. A experiência deu certo e em 1957, a CIP comprou a casa de Campos do Jordão e a transformou nos Campos de Estudos, hoje chamado Campo de Estudos Fritz Pinkuss.
Antigamente, o objetivo da Colônia com as machanot era de, durante as férias escolares, proporcionar a uma vivência a crianças judias ao lado de outras crianças judias e um ambiente onde os valores judaicos eram respeitados.
Com o tempo, a Colônia foi mudando e crescendo e deixou de ser apenas uma colônia de férias. Sentimos a necessidade de dar continuidade ao processo educativo das Machanot durante o semestre, aqui em São Paulo. Então, no segundo semestre de 2016, criamos o Rishon Olam, que significa domingo do mundo. O Rishon consiste em um encontro por mês, aos domingos, em diferentes lugares da cidade. Nestes, ocorrem peulot que tratam, dentre outros temas, o tikun olam, um dos pilares da ideologia da Colônia.
Em 2011, nos filiamos ao Netzer Olami, movimento mundial juvenil sionista de judaísmo reformista. É o movimento juvenil da WUPJ (World Union for Progressive Judaism) e do ARZENU, o braço sionista do movimento reformista mundial.
Em 2015, desenvolvemos nosso primeiro documento ideológico, o Sefer Hazahav, que surgiu a partir de uma demanda da peilut por uma unificação ideológica em um momento de consolidação da Colônia da CIP como tnua. Nele definimos a Colônia como um movimento juvenil, judaico, educativo e ativista. A partir do Sefer estabelecemos também os cinco pilares que compõe a ideologia da tnua: o judaísmo liberal, o ativismo, a juventude, o sionismo e a educação.
Atualmente, a Colônia atua por meio da educação não-formal e informal, do jovem para o jovem, envolvendo relações afetivas e singulares, bem como práticas judaicas, tikun olam e vivências coletivas fora da rotina tradicional.
“Participar da tnuotização da Colônia foi uma experiência extremamente agregadora, em especial, por conciliar diferentes processos. Destarte, a própria entrada no CJJS, em 2017, e o reconhecimento da Colônia como tnuá por parte das outras tnuot, da comunidade judaica e de nossa kehilá foi de fundamental importância para agregar mais representatividade em nossa atuação. Em segundo lugar, há o processo interno, de nós nos reconhecermos como tnuá, o que envolve bônus e ônus, bem como intensas discussões e dúvidas práticas e ideológicas. Por fim, em minha opinião o processo mais importante é entender a Colônia como tnuá mas justamente uma tnuá singular que deve assumir responsabilidades de movimento juvenil judaico educativo e ideológico, entretanto, não pode, de modo algum, abrir mão de suas singularidades. Olhando os últimos anos da Colônia é visível como estamos alcançando sucesso e maturidade como tnuá!” Felipe Schwartz, madrich da Colônia Kvutza Shnat 2018